E ser a corda bamba entre a vida e o suicídio. A pele, o frio, o toque, o arrepio. O lixo, o sujo, o escondido. O buraco no meio da rua, ou dentro do peito. Não vejo saída. Eu sou o meu próprio inferno, meu próprio problema, meu erro mais temido. Não vejo saída. E louca, não enlouqueço.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Eu amo mais você do que eu.
É que a gente tem isso entre nós dois, a gente não fala sobre sentimentos o tempo inteiro, a gente se xinga, se bate. Mas não temos como negar o brilho do sorriso depois de olhar nos olhos um do outro, a gente não consegue evitar o arrepio do corpo com o minimo toque, ou o coração acelerado só por saber que é desse tipo de amor, que cresce mais a cada segundo.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Preciso de ajuda.
Eu tenho uma vontade enorme de chorar, toda vez que eu paro pra pensar sobre mim. Eu tenho tanta bagunça guardada aqui dentro de mim, eu tenho tanta coisa de mim escondida. Eu vivo dentro de um mundo na minha cabeça, mas o problema é que esse mundo é tao grande que eu ainda não explorei todo. E alguns caminhos eu já não sigo mais, por saber que vou me machucar. Eu tenho medo de mim mesma por ser do jeito que eu sou, eu tenho medo de continuar vivendo pra sempre o que eu vivo hoje, mas também tenho medo de mudar pra outra vida, de trocar de caminho. Eu busco abrigo em mim mesma e não encontro, eu olho pra cima e suspiro pra conseguir forças por mais um dia. Preciso parar de fugir de mim, preciso dar um jeito nessa minha angústia. Preciso arrumar esse meu vazio, preciso cuidar da minha solidão.
domingo, 11 de março de 2012
Maldita vontade.
Eu tinha vontade de correr pro quarto e arrumar a primeira mala com as minhas roupas preferidas, tinha vontade de sair correndo dali, entrar num táxi, ir pra qualquer lugar, ou até mesmo pra lugar nenhum. Queria ter na cabeça um lugar escolhido, queria poder escolher pra onde estava indo, aonde iria chegar e quando iria chegar, sem ter que continuar sempre nessa minha rotina monótona. Queria poder sair com meus amigos, e ir pra todos os cantos das cidades, de qualquer uma delas. Queria poder ir até a porta da tua casa, gritar seu nome no meio da rua, dizer que meu amor é todo teu. Queria poder deitar na grama no final da tarde, queria poder ver o por-do-sol. Queria poder acender meu cigarro onde estivesse, e pensar na vida. Queria poder tirar as lágrimas de dentro de mim quando tivesse vontade. Mas acontece que sempre tem algo que me prende aqui. Sempre tem algo que me prende aqui, do lugar de onde eu mais quero sair.
To oca. Sou oca. Sou pedra.
Mas eu sentia que já não importava mais. Eu tinha um enorme vazio dentro de mim, existia uma parte oca. Era a parte machucada, a parte que doía quando era tocada, mesmo quando era de leve. A parte que eu queria manter em silencio, mas que sempre dava um jeito de se agitar dentro de mim, fazendo a ferida abrir mais. E eu ficava tão concentrada com aquela dor, que os meus outros sentimentos transformavam-se em palavras frias.
Hoje você morreu em mim e para mim.
E eu fiquei o dia inteiro esperando alguma notícia sua. Uma mensagem, um telefone, uma carta, um sinal de fumaça. Qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. E como sempre, a única coisa que apareceu foi o nada. O mesmo nada de sempre. Pensei que você estaria aqui, comigo, como esteve no ano passado. Pensei que você iria sorrir comigo. Pensei que você iria me fazer sorrir com você. Pensei coisas demais, e esse é o meu mau, sempre pensar e pensar. Eu penso demais. Eu penso demais em você. Mas eu, realmente, queria algum sinal de você. Um sinal de que você lembrou desse dia, que você lembrou do quanto eu odeio esse dia e que talvez você tentaria torná-lo melhor. Esse é outro problema que eu possuo: expectativa. Sempre criando expectativas sobre coisas que não fazem mais sentido, sobre coisas que nem ao menos existem mais.Sempre criando uma nova forma, um novo jeito, uma nova maneira de ainda acreditar que um eu e você possa ser tornar um nós. Uma nova expectativa que é sempre assassinada no final do dia. Não por mim, mas por você que não é capaz de acreditar nisso, que não é capaz de ver o que é óbvio. Eu sei, eu sei… Você tem os seus motivos, as suas escolhas, as suas crenças. Mas e eu? Como eu fico nisso tudo? Fico de lado, como sempre. Fico como a última opção caso todas as outras opções venham a falhar. Mas eu sempre estarei aqui pra você. Esse é problema das promessas, você tem que cumpri-lás, mesmo que elas venham a te matar por dentro. E você me matou por dentro. Desde que saiu pela porta da minha vida alegando conflitos que só existiam na sua cabeça. Você me matou aquele dia e eu continuo morta, esperando você voltar para tentar me trazer de volta àquela vida que só existia com você ao meu lado. Mas você não dá sinais, você não dá notícias. Você me tirou da sua vida, e talvez, eu tenha aprendido a te ignorar da minha. Apenas talvez, porque ainda consigo sentir os seus braços me abraçando nas madrugadas salgadas, porque ainda consigo te sentir me observando ao amanhecer. Mas eu sei que são apenas coisas da minha cabeça, eu sei que são apenas armadilhas que o meu coração cria para tentar acreditar que você ainda está aqui, para convencer-me, ou parte de mim, que você ainda não se foi, que você ainda se encontra tatuado para sempre dentro de mim.
E eu me pego voltando ao passado em um dia que eu deveria estar pensando apenas no futuro. No que estar por vir. Mas não, eu preciso pensar em você. Eu preciso enganar com um sorriso uma lágrima de saudade. Eu preciso mentir pra mim mesma dizendo que você não faz falta, que você é apenas mais um entre tantos outros que se foram e que ainda virão - mesmo você sendo único. Eu preciso dizer entre dentes que você é apenas mais um babaca que me perdeu, que me deixou ir e que nunca mais me terá, mesmo sabendo que essa é uma das maiores mentiras que há. E eu preciso dizer entre lágrimas que não te amo mais, que não preciso mais de você para os meus dias serem completos, que não preciso de você e nem da sua presença para nada, porque você é apenas um ser insignificante que não soube me dar valor… Mesmo sabendo que isso continua sendo mentira. E todos os dias eu acordo dizendo que não te amo, e que você é apenas passado, mesmo sabendo que você é o futuro que eu quero pra mim e que o nosso amor sempre será eternizado em mim.
Mas eu esperei por você, até agora. Até um segundo atrás. Pois agora, a partir de hoje, não desejo mais nada de você. Só quero o seu desprezo, o seu desdém. Quero o seu silêncio. Por que será isso que teremos agora: silêncio eterno. Por que eu quero te odiar, quero te matar dentro de mim como você me matou. Por que, hoje, você matou a única parte que não havia assassinado em mim. Por que hoje, agora e sempre, você será apenas mais um babaca que não soube me dar valor, quando tudo o que eu fiz por você foi… simplesmente tudo. E chega. Chega de pensar em você todos os dias. Chega de mentir. Agora é verdade. É tudo verdade. Eu não te amo, eu não te quero, eu não te preciso, eu não te sinto mais. Você morreu, morreu em mim. Passou da parte mais bonita, para a parte mais obscura, fria e sem vida em mim. Hoje, agora, eu te matei. Não por opção, mas por necessidade.
(escrito por: Beatriz Coelho.)
terça-feira, 6 de março de 2012
Escreve em mim.
1. Que ou aquele que faz versos. = AEDO, RAPSODO, TROVADOR, VATE
2. Que ou quem é idealista.
3. Homem sonhador, visionário.
A quarta definição poderia ser o teu nome, poeta. Meu eterno poeta. Tu me tocas com teus versos, tuas palavras embriagam-me, e me desafia com os segredos que esconde nelas. Tu me diz para não chamar-te assim, mas a cada dia vejo-te em versos diferentes, vejo-te me desvendando, vejo-te revirando meu coração e minha alma com teu jeito tão doce. Pudera eu ser recíproca com tuas palavras, mas o que posso te dizer é que tu mais do que ninguém manifesta-se em minh’alma, e me sacia com teu amor. Pudera eu lhe comparar com o céu, ou com as estrelas, e recitar-te versos, poemas, e letras de músicas que pudessem te mostrar todo o afeto que tenho por ti, que pudessem te mostrar o quanto que cresces neste pequeno órgão que tenho do lado esquerdo do peito, e que bate gritando, chamando o teu, e só o teu nome. Poeta. Poeta de mim, de nós, da nossa história, poeta de um só ser, dividido em dois corpos que tem os nossos nomes. Mas é o teu sorriso o que mais encanta-me, poeta! Esse que tu me mostra todas as vezes que começa a falar e logo pára, vindo-me chamar de tua lua, de tua menina. E do que eu posso chamar-te além de inspiração? Inspiração para vida, inspiração para amar. Deixa-me mergulhar em teus olhos, esses que brilham quando conto sobre histórias que um dia viveremos juntos. Deixa-me perder-me em teus lábios, esses que me beijas toda vez depois que te dengo, deixa eu te ninar em meus braços todas as noites. Nós temos um mundo que pertence a nós poeta, e eu lhe apresento ele com essas palavras. E como não adorar-te quando tu me transforma em todas tuas personagens, quando eu sou a história que sai de teus lábios, quando sou o conto que tu escreves naquele pequeno pedaço de papel. Poeta. Poeta, tu és tudo o me faz viver, tu és o verdadeiro significado de amar. Deixa-me viver sendo tua poesia.
Doce príncipe.
Eu apaguei a luz do quarto. Seu cheiro ainda estava no meu corpo, eu posso sentir toda vez que eu respiro fundo, e tu ainda está deitado em nossa cama, dormindo um sonho que parece ser leve, bom e mágico. Mais uma vez tu falaste meu nome dormindo, sabia? Eu queria ter a coragem para te acordar apenas para contar-te isso, mas ver-te assim dormindo fazia meu coração acelerar com cada suspiro que tu dá. A madrugada é fria amor, e a única coisa que quero é estar aqui em baixo do mesmo lençol que estás, podendo acariciar seu rosto, e ver o leve sorriso que se forma a cada beijinho que te dou. Tu me encantas, teu rosto parece que foi desenhado por vários dias, é uma perfeição extraordinária que não vejo em mais ninguém além de ti. Mesmo com todos os teus defeitos. Pois bem, talvez tu até vá brigar comigo, como sempre, por eu preferir ficar te olhando a dormir, mesmo sabendo que eu sempre vou fazer isso. A manha já estava chegando, e cá estou eu sussurrando-te ao pé do ouvido, amo-te, amo-te.
Não me contento.
E as vezes, eu me dôo. Utilizando o verbo doer mesmo, entende? Eu sinto demais, eu gosto demais, eu amo demais. Eu quero sentir tudo, eu quero provar de gota de chuva que cai do céu, eu quero sentir meu coração batendo a cada segundo. Quero sentir a dor me corroer enquanto choro, as lágrimas caindo no meu rosto. Eu quero sentir a minha alma livre quando vejo o teu sorriso, a minha respiração parar quando sinto cada beijo seu, e o arrepio percorrer meu corpo quando envolve seus braços em mim. Eu provoco demais a mim mesma, provoco e depois desejo não ter sentido nada. Uma confusão na mente. Doer ou doar? Dá no mesmo. Eu sou eu demais.
Eu não sei receber carinho. Não sei receber qualquer tipo de sentimento amável que demonstram a mim, apesar de querer tanto. Tenho uma certa vontade de sumir do mundo, tenho vontade de me jogar no prédio e saber como seria sem eu aqui. Tenho vontade de conhecer o mundo inteiro, ouvir a história de cada um desde o momento em que se lembra. Vontade de sentir cada sentimento que já sentiram. Tenho vontade de provocar dor em mim mesma de todos os modos, tenho vontade de me bater e me criticar por cada erro cometido. Tenho vontade de ficar em silencio e conhecer a mim mesma, e vontade de mostrar ao mundo o que não conhecem.
Me toca. Me beija, me leva. Me conhece. Me provoca. Me escuta. Me deixar ser quem eu sou. Me dói. Me tenha. Doer ou doar?
Confesso.
E o que te dizer, Henry? Como eu poderia negar que eu te amo agora? Se o brilho dos meus olhos só se acende a cada vez que te vejo? Meu menino, não precisa dizer-me nada, apenas me promete que tu não vais embora qualquer noite, que tu não vais deixar que este sonho, que nós preferimos chamar de realidade, se acabar. Confesso-te Henry, estranho, estranho o modo como tu mexes comigo, o modo como você conseguiu chega tao fundo, e mudar minha mente. Estranho como sempre que olho para ti, me lembro de tuas graças, tuas manias - principalmente aquela de me deixar boba chamando-me de tua pequena - teu jeito de homem-criança. Não precisa dizer-me nada, só jura que em todas as noites, vou poder dormir do teu lado, como eu deveria estar fazendo agora, mas estou aqui, estou aqui Henry, sussurrando-lhe essas palavras em seu ouvido, confessando-lhe mais uma vez que te amo. A tua voz - e aquele teu sotaque, que insistes em negar que é belo - agora voa em todos os cantos da minha cabeça, e meu coração grita dizendo que tu és a única coisa que me importa agora. Não, não se mexa, não precisa me apertar assim no abraco, eu não vou sair do seu lado, pois saiba que pra mim, alguns minutos sem ti, são eternidade, querido. Apenas me deixa beijar teus lábios, e transbordar teu amor em ti, uma vez mais.. Uma vez mais, e todas as noites.
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