Fechou os olhos.
Pela sua cabeça passava todos os acontecimentos e problemas que haviam ocorrido recentemente, era mais como viajar por um grande buraco negro, sem fim. E era assim que se sentia, como se nunca fosse sair daquele ciclo vicioso. A vida cansava, o ar cansava, a rotina maltratava, viver cansava. Seu coração batia num ritmo calmo dentro do peito, mas sabia que era uma bomba-relógio, e que não demoraria muito a explodir. Não sabia se acostumar, não sabia se adaptar, não sabia viver como os outros viviam. Via todas as pessoas passando por cima de seus problemas, seguindo em frente. Pensava sobre como conseguiam deixar as outras tão facilmente, e colocar um sorriso no rosto em seguida. Era um de seus problemas, sentia demais. Amava demais. Queria que todas as pessoas continuassem em sua vida, mas não queria que ficassem a força. Queria que seu amor por elas fosse recíproco, mas não podia força-las aquilo. Não sabia aonde queria chegar, não sabia aonde ir.
“Não sei se é pior ficar aqui neste mundo com pessoas tão vazias, ou sentir o vazio do meu próprio mundo sem essas pessoas.”
Pensara. Sofria, chorava, sentia. O coração continuava no mesmo ritmo, como se não fosse realmente seu, apenas estivesse em seu corpo. Sentiu a lágrima escorrendo pelo canto do olho. Talvez pudesse ficar ali pra sempre, entre o mundo de sua cabeça, e o mundo real. Talvez fosse apenas um espaço entre esses dois mundos, não sabia se decidir, não sabia aonde queria estar, só queria poder ficar ali.
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