E ser a corda bamba entre a vida e o suicídio. A pele, o frio, o toque, o arrepio. O lixo, o sujo, o escondido. O buraco no meio da rua, ou dentro do peito. Não vejo saída. Eu sou o meu próprio inferno, meu próprio problema, meu erro mais temido. Não vejo saída. E louca, não enlouqueço.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Engulo seco, mais uma vez.
Sei muito sobre desabafar, compartilhar a dor, ombro amigo, essas coisas eu faço questão de estar pronta pra oferecer quando alguém precisa, acho que deve ser gostoso sentir que alguém tá ali te escutando, gastando tempo te ouvindo e dando atenção, é confortante. Mas no meu caso sou sempre o colo oferecido, o ombro dado, o ouvido que escuta, a voz que consola, e faço isso com prazer, porém nunca soube bem o que é ter um colo, pra você deitar a cabeça e esquecer dos problemas, um alguém que te escute sem julgar ou reprimir, um cuidado assim peculiar nunca senti. Aprendi a “engolir seco” a dorzinha, “descer rasgando na garganta” a tristeza, ser esmagada pelo cansaço, assim, guardando tudo pra mim, e meu querido, tenha certeza, estou transbordando de coisas guardadas aqui. Minhas dores remoídas e meus amores mal vividos, é tudo que eu tenho.
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