E ser a corda bamba entre a vida e o suicídio. A pele, o frio, o toque, o arrepio. O lixo, o sujo, o escondido. O buraco no meio da rua, ou dentro do peito. Não vejo saída. Eu sou o meu próprio inferno, meu próprio problema, meu erro mais temido. Não vejo saída. E louca, não enlouqueço.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Eu muda-mudo.
Acontece que eu não sei fingir. Eu não sei fingir amor por ninguém, nem sei fingir amizades, não sei fingir sorrisos. Levanto da cama, visto minha roupa, e meu primeiro pensamento é sobre ter forças pra aguentar. Não sou assim como todo mundo, não sei lidar com esse coração que sente tanto, não sei lidar com essa mente cheia de lembranças, cheia de pensamentos. Por favor, não sinta amor por mim. Por favor, não se apaixone por mim. Por favor, não me cobre nada, por favor. Não me diga, não me iluda, não me deixe pensar. Eu não sou assim. Entenda, em primeiro lugar, se eu gostar de você, eu vou lhe demonstrar isso, eu vou te dizer. Não se iluda com o primeiro sorriso que eu te dou, ou o modo como eu consigo ser amável com você. Não me pergunte sobre minha vida, não me pergunte o que já aconteceu, o motivo de eu ser assim. Não me pergunte o que eu vou ser pra você. Não sou assim o tempo inteiro. Eu choro. Eu me destruo. Eu me jogo no chão. E não vou fingir pra você. Se eu me apaixonar, eu vou te dizer. Se eu quiser sua amizade, eu vou atrás disso. Eu vou te fazer conhecer meus lados - e que são tantos - mas por favor, não cobre de mim ser apenas uma. Não cobre de mim, ser o que eu não sou. Eu sou o vento. Eu mudo de posição.
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