Eu sempre acho que sou propriedade particular minha. Sempre acho que sou feita muito pra mim. Não tenho paciência pra sair na rua procurando por pessoas pra conversar, e muito menos gosto que me encontrem. Tenho meus momentos em que gosto de conversar, gosto de ter alguém pra abraçar, mas é incrivelmente insuportável pra mim ter que conviver com algumas pessoas vazias o tempo inteiro. Sempre preferi, e sempre vou optar por ficar em casa escrevendo, assistindo um filme, lendo ou fazendo qualquer outra coisa do que sair por aí, e ter que fingir sorrisos que não me pertencem. Prefiro sempre deixar que as pessoas vivam suas vidas manipuladas pelo mundo ao redor, e ficar aqui, apenas comigo mesma. Com meus sentimentos, com minhas letras. Pessoas faziam eu me sentir doente, e na maioria do tempo, eu tinha até certo medo de chegar perto delas. Não medo como se fosse alguma coisa espantosa, mas medo de me tornar igual. É tão pouca gente de verdade que a gente encontra no mundo, que se torna surpreendente quando se encontra alguém que viva, ao invés de se arrastar pelo dia-a-dia. E até com meus próprios amigos, fico calada, escuto, sorrio, concordo com a cabeça, deixo que falem, e ajudo, mas sempre prefiro ficar quieta quando o assunto sou eu. Não gosto de gente me dando conselhos, não gosto de gente me procurando, não gosto de gente me sufocando. Gosto de pessoas que se deixam procurar, que se deixam conhecer. Se eu me interessar por você, eu vou te deixar saber, mas não se interesse por mim. Não tenho nada pra te impressionar, e nem vou falar do meu mundinho próprio. Prefiro ele assim, fechado, do jeito que é. Mundos que normalmente são abertos, deixam que toda a vida que existe dentro deles saia voando…
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