segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dispersão.


Me perdi dentro de mim porque eu era labirinto. E hoje, quando me sinto, é com saudades de mim.
Passei pela minha vida um astro doido a sonha, na ânsia de ultrapassar, nem dei pela minha vida.
Para mim é sempre ontem, não tenho amanhã, nem hoje. O tempo que aos outros foge, cai sobre mim feito ontem.
Regresso dentro de mim, mas nada me fala, nada! Tenho a alma amortalhada, sequinha, dentro de mim.
Perdi a morte e a vida, e, louco, não enlouqueço. A hora foge vivida, eu sigo-a, mas permaneço...

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