domingo, 12 de agosto de 2012

Desabafos em outras línguas no meio da noite, sobre nós dois.


I found love in him. 
I found love in each of those words. I learned to want, wishing his body.
During all these months, I found love. I found love every day I spend with him, and every look he gives me. I am passionate about everything. 
I love the way he has to draw me close, and be ashamed to kiss me. I love how he always tells me I know each of their weaknesses, especially those that makes he shiver. I love the way angry he has to talk about the rest of the world, and say calmly seconds later, we are different. I love the way he dresses, and how his hair cut. I love when I say that I love him, and he discusses with me wanting to prove that he loves me more. 
I love when we make plans, and imagine our lives together forever. I love when he swears, promises me that will get me out of the place where I am so tired, and with a smile he’d take me another planet. I love your silly way of telling me jokes unfunny and can make me laugh at every one of them. I love the way he has to tell me I’m the clumsiest, the silliest and most passionate woman in the world, and it is only love for this woman. I love the way he has to show me poems and texts, and compare us to the characters of all love movies. I love the way he fits in on the songs he hear, and I just always thinking about it in any music I hear.
I love the way he convince me of their acts that is so independent, and then come calling me to bend his sleeve that he could not alone. I love when we spend some time away, and as he tells me after I thought every thing he did with it. I love when we spend hours together, and how every second I’m more sure it’s him I want to be. I love how our love did, in a way that could never have imagined, and how this same love grows every thousandth of a second. I love the way he looks good in any clothes, in your pajamas, in the band wearing blouses, pants old, and especially love how he looks good without them.
I love him for being my super hero, and maybe even take more than the flash to find me, or to get anywhere. I love when he complains about the cold, and calls me to heat it, and convinces me that with him I’ll never feel cold because I will be in his arms. I love the way he makes me above all things, and that makes the longing for distant days go only with a tight hug.
I love when he makes me jealous telling me about things that happened in his day, and then tells me he loves me more than anything. And I think I found love in all our affairs. While riding in the street and I see this couple together, I suppose it’s us. While going to the movies, and watch that movie, its he what I want on my side. While I’m at school, I think in he to teach me about all the matters that I don’t know. Because I love the way he hugs me, kisses me, and convince my heart that there is not and never will be no other that is not him. I love when he bites my lips, and makes me laugh seconds after telling me I’ll still put fire in our house at least four times, maybe. 
And I’m afraid of everything for fear of losing it, because I know that it is unique in everything he does. And he is the only one that even though all my paranoia, my dramas, my ways of being, accept me the way I am, and he also cited a phrase from Chico Buarque saying “my love has a way to calm and gentle its only yours. “And I say to anyone who wants to hear that I’m nothing without him. I accept the condition to be just from him and nobody else. Because he is my hideout, my rest, my truth. He is the cure all my diseases, my wounds, and the exception of my misanthropy. He is the only one who knows me, and perfect love, and light of all my days.
I found love in him. And I love that love with all my strength. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A luz que vem da janela parece escuridão sem você na cama.


Eu te falei que eu não sabia ser de ninguém, desde o começo. 
Olha só o que a gente fez. Eu não sabia como te explicar o que sentia com nosso amor. Você me disse pra escrever, e eu nunca soube te entregar nas mãos nada além da folha em branco. Você me disse pra te demonstrar, e depois reclamava que minhas mãos estavam tao frias quanto o meu coração. Eu te ouvi dizer tantas vezes que a culpa foi sua, que foi você que se apaixonou por mim, mesmo sabendo de todas as minhas implicâncias, de todos os meus erros, e que nunca pediria nada além das madrugadas de beijos na cama que eu te dava, que nunca pediria nada além de minutos em silencio pra te deixar admirar o meu rosto. Eu aceitei todos os teus pedidos. Não recuei em nenhum de seus beijos, mesmo que não fizesse carinho em seus cabelos enquanto isso. Te neguei amor até a última palavra. Me neguei dor até a última lágrima que vi escorrer dos seus olhos. 
Stella, eu te vi fechar aquela porta. Eu te ouvi gritar pra todas as paredes da minha casa que você desistiu. Eu te ouvi chorar pra todas as cerâmicas que amor só é amor bonito se for recíproco. E eu não te respondi uma só vez. Eu te assisti ir embora, e não fiz como nos filmes que você me fazia assistir - talvez tentando fazer com que eu me inspirasse -. Eu não corri atrás de você enquanto a chuva caia forte lá fora, eu não segurei no seu braço, não te puxei e gritei tudo o que eu nunca disse. Não te supliquei que voltasse.
Agora eu te escrevo tudo. Talvez foi o baque da porta que me fez tremer, é o que eu acho. Apesar de que as lágrimas escondidas nos meus olhos, dizerem que foi porque ouvi o teu choro atrás da porta. A casa desabou no instante em que a porta bateu, amor. Eu nunca quis que você saísse da minha casa, e nunca quis acordar em outro quarto que não fosse o meu sem te ver toda desarrumada e com uma blusa minha escovando os dentes com a porta do banheiro aberta. Eu nunca quis enfeitar a casa com outra pessoa que não fosse você, ou com outro tema que não fosse o do almoço que você me fazia. Em particular, a comida chinesa, não pelo gosto, mas por adorar te ver sair pulando feito uma criança do quarto com uma maquiagem que fazia seus olhos parecerem puxadinhos pro lado. 
A casa desabou no instante em que a porta bateu, amor. E bem em cima de mim. A casa toda é só solidão, aqui dentro, e lá fora. Passar o dia todo aqui nessa cadeira com um maço de cigarros do lado escrevendo sobre qualquer coisa, e agora tudo que escrevo é sobre ti. Eu ligo a tv pra distrair, e tá passando o filme daquela menina que tem os teus olhos. Eu mudo de canal, e tá tocando a música que tu cantou pra mim naquela vez em que a energia foi embora. Agora foi a vez da minha energia, porque toda a que eu tinha era pra ti. Porque quando eu tomava banho, eu saia e suspirava ao te ver sentada no sofá, lendo um livro, com um copo de café na mão. Eu devia ter ido na sua casa. Eu devia ter te ligado. Eu devia ter feito qualquer coisa, e to te escrevendo essa carta. Que eu ainda vou precisar criar coragem pra deixar por baixo da tua porta. Eu te amo. E te amei desde o momento que te vi sentada na livraria lendo o meu livro preferido com a franja caindo nos olhos. Eu te falei que eu não sabia ser de ninguém, desde o começo. 
E fui de você, sem saber como. E eu pertenço a você, ainda assim.  

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não aprendi a conviver (comigo).

Eu me pergunto o que fazer. Antes de qualquer coisa, eu queria pedir desculpas. Desculpas ao meu pai, minha mãe, minhas irmãs, meus amigos, meus vizinhos, meus animais, aos estranhos da rua. Acaba por ser a única coisa que eu nunca deixo de fazer: pedir desculpas. Acima de tudo, a mim, por tantas desculpas, e por me fechar tanto. Me tranco no meu quarto, me foco em minhas músicas, vomito minhas palavras no papel em branco na minha frente, e acabo o dia pedindo desculpas por não ter mudado. Eu nunca quis me prender a nada, e sempre decido fazer tudo diferente. Quando no entanto, meus olhos no espelho continuam com o vazio, as lágrimas escondidas que ninguém vê. Desculpa aos meus olhos por enxergarem além do que todo mundo enxerga. Eu nunca quis ter uma rotina, e no entanto, controlo cada palavra, cada sentimento, cada movimento dos olhos, meu sorriso, respiro fundo. Também quero pedir desculpas por fazer isso, a todo mundo. Por me acostumar facilmente, a ser diferente quando estou só, a ser diferente quando estou perto da única pessoa que confio, e por ser diferente do que realmente sou quando estou perto dos outros. Desculpas, mais uma vez acima de tudo, a mim. Eu não aprendi a controlar quando ninguém me olha. Não aprendi a controlar. Ninguém me ensinou a sentir, ninguém me disse que eu podia gritar. Ninguém me ensinou a sofrer. Aprendi a engolir, fingir, e não me ensinaram a querer. E o tanto que eu quero, como eu quero... 
Desculpas por escrever sobre tudo aquilo que guardo aqui dentro, e por nunca dizer a ninguém, se não for em formas de textos. Desculpas por nunca ter depositado a minha confiança em ninguém que não fosse eu mesma. Desculpas por sentir tanto, e por esconder. Por acreditar demais, no que as sombras me dizem durante a noite, no que o silencio me diz enquanto eu escuto alguém falando, nos demônios que insistem em usar palavras pra vasculhar cada coisa aqui por dentro. Ou talvez, sejam apenas várias formas de mim, querendo que eu me conheça antes de deixar qualquer outra pessoa me conhecer. Eu nunca disse a verdade sobre quem sou que não fosse aos olhos do espelho, ou para aqueles olhos dele que me fitam quando eu tento fingir, e me descobrem. Quero pedir desculpas a mim mesma por nunca ter feito nada do que quis, por nunca ter aprendido a querer um mundo a fora que não fosse o que vai além da minha sala, da minha mesa com o café já frio, meu cigarro entre meus dedos. Nenhum mundo que não fosse além da minha casa, da minha rua, dos braços dele. 
Por nunca ter aceitado a opinião de ninguém sobre algo errado que fiz - e gostei. De nunca ter seguido conselhos. De não ter ido procurar ajuda quando eu explodi por dentro, e me tornei tantos pedacinhos, que hoje busco a cada dia um a um de mim querendo saber quem eu sou. Desculpas por ter aceitado, sem lutar, que a tristeza já faz parte das minhas entranhas, que toda essa melancolia já faz parte da minha alma, que todo esse cansaço faz parte do meu sangue, que toda essa psicodelia, essa insanidade é mais que metade do que tem na minha cabeça, e que tudo isso tá presente em cada pedaço. Por recusar ser quem eu sou, mas não fazer nenhum esforço pra mudar. Por recusar ser o que sou, e agir ser de todas as maneiras que sou com gosto. Gosto daquilo que recuso, e que sou. De uma forma ou de outra. 
Não aprendi a conviver comigo. 
Desculpa.