quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mesmo que teus olhos não me vejam.


Mas a tua vontade de solidão é tão injusta. A tua alma de fogo é a minha loucura. O teu cabelo negro mostra a tua essência. E eu sempre tento ver um risco de luz em ti. 
Larga esse teu egoísmo, amor. Segura minha mão. Repara em mim. É o que eu tô te pedindo. Eu te disse pra ficar calma, o mundo não é tão grande quanto a gente pensa. O mundo não é tão injusto assim. O nosso amor não é tão impossível.
Não me engana com esses teus toques que me arrepiam, que você sabe que conheço tua mente melhor do que ninguém. Essa saudade das tuas palavras é o que me mata. Não sai por essa porta. Não sai desse meu coração tão teu. A minha insanidade não é culpa de ninguém, é só minha. Me deixa desabar em você. Em baixo dessa tua aparência esmagada, em baixo desse teu silêncio, eu sei a tua vontade de correr o mundo. Eu sei da tua vontade de mostrar tudo o que você é. Eu te vejo pelo que você é.
Não me olha assim como se você também não me quisesse de volta. Não me afasta do teu corpo com essas lágrimas engolidas. Eu te conheço. 
Se apoia em mim. Eu tenho um colo pra te dar. Eu tenho uma alma, que mesmo cheia de cicatrizes, mesmo cheia de escuridão, implora pelo teu carinho. Olha pra mim. Olha ao menos uma vez, e me pede pra ficar. 
Eu sei que teus olhos nunca me fitaram de verdade. Eu sei que nenhuma das tuas mãos me tocaram com a intenção de me mostrar que me quer só pra você. Mas ao menos uma vez, sente a minha falta. Diz pra mim. 
Eu te conheço. Eu conheço o nosso frágil amor. Mas ao menos uma vez, me segura. 
And I told you to be patience, and I told to be fine, I told you to be balanced, I told you to be kind. Now all your love is wasted? Then who the hell was I?“ 
Tua frieza não me engana. Tua impaciência não me afasta. 
Eu amo cada pedaço escuro, magoado, estúpido, insensível, e estranho teu. 

2 comentários: