sexta-feira, 20 de julho de 2012

Estupidez.

Posso lhe dizer que estou cansada de tudo isso. De toda essa mesmice, e sobre a burrice, ou qualquer estupidez. Sobre o que esse humanidade acabou por deixar sumir exatamente isso: a humanidade.
Fica aqui exposta a minha vontade de me rasgar, reconstruir por dentro, colocar as peças em lugares diferentes.
E tu dizes por aí a todo mundo que tua vida é muito rotineira. Ou talvez, diga que nem todo dia é o mesmo. 
A pergunta que roda por aqui é essa: e do que adianta?
Tu acordas, e age como robô. Escova teus dentes, toma teu café da manha. Faz tuas coisas, e no final do dia, volta para o mesmo lugar de onde saiu: a cama. Teus sentimentos explodiram durante o dia, tanto para a alegria, quanto para a tristeza. Tal é a mente robótica que se proibiu de tentar algo novo.
"Conto aqui minha história. Todo dia eu penso em mudar. Todo dia eu penso em trocar de pele, de alma. Todo dia eu quero ser um novo alguém. E durante a noite, me foco no pensamento que daqui pra frente tudo será diferente. Vou buscar novos lugares pra ir, desligar o celular, jogar o computador pela janela.
Comprar um piano, transformar meu escritório em uma biblioteca. Trocar as pessoas do meu dia a dia pela companhia com a alma. Mas de fato, o que adianta?! O dia amanhece, e toda a minha força desaparece. Toda a minha vontade se esconde. É isso. De nada adiantar fazer planos, se no fim, força e fraqueza se tornam a mesma coisa. E a rotina por aqui continua, o relógio passa, tenho de fazer meus compromissos..."
Humano, tu te deixaste levar. Teus momentos de lucidez se passam em poucos minutos, e dos quais logo tu se esquece. A salvação que tu tanto quer, não vai vir. Não vai te adiantar de nada. 
Pessimismo? Não diria isso, apenas a verdade. Quantas vezes você já levantou da cama, comeu o que queria, andou pela rua que não conhecia? Tente esquecer em que ano estamos. O que mudaria dentro de si se não fosse quem tu és? 
Enxuga teu rosto, a mudança vem primeiro de dentro. Mostrar-se por dentro é tao raro quanto bocejar por vontade própria. A matriz é você. Diz agora aí pro mundo o que hoje tu se tornou.
Dizem que a loucura tomou conta de ti. Eu digo que você é estúpido. E eu sou do mesmo jeito. (Leia esse texto daqui a alguns dias. Alguns anos. Conte-me sempre o que mudou por aí. Deixa-me adivinhar: nada dentro de ti, sobre ti mesmo...) 

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